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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

‘BLOCO SABIA DE HORÁRIO LIMITE E SAIU ATRASADO', DIZ PREFEITURA.

Militares tiveram de encerrar festa de garçons na Praia do Francês, nessa Quarta-feira de Cinzas; Bope comenta suposto abuso contra foliões.
foto janaina ribeiro

  Bruno Soriano.
A polêmica em torno do desfile do Bloco dos Garçons, principal atração da Quarta-feira de Cinzas na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, parece estar longe do fim, no que depender dos foliões que, segundo denúncia, teriam sido agredidos por militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) que cumpriam decisão judicial para encerramento da festa às 22 horas, conforme Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre Prefeitura e Ministério Público Estadual.


Gazetaweb trouxe, ainda na noite dessa quarta (22), a informação de que os foliões tiveram de voltar para casa mais cedo, depois de um grupo de policiais do Bope intercederem junto à organização do evento que reuniu cerca de oito mil pessoas. Algumas delas, revoltadas com a ação da polícia, atiraram pedras e latas de cerveja em direção aos militares, que revidaram efetuando a prisão de jovens suspeitos. Contudo, uma comerciante, que trabalhava à porta de seu estabelecimento, relatou ter sido agredida em meio à confusão.


O major PM Túlio Roberto, comandante do Bope, conversou, na manhã desta quinta (23), com aGazetaweb, colocando-se à disposição de Karinne Nascimento, que ligou para a redação do portal de notícias para denunciar a suposta truculência durante a ação policial. O oficial garantiu que a Polícia Militar agiu ‘tão somente para assegurar o cumprimento do TAC’. 


“O major Silvestre, coordenador da operação, dirigiu-se à organização do bloco com o documento em mãos. Acredito que houve falta de comunicação entre Prefeitura e o responsável pelo evento, que precisava respeitar o horário previamente estabelecido”, comentou major Túlio. “Tentaram transferir a culpa para a polícia”, emendou.


Ainda de acordo com o comandante do batalhão, a polícia ‘sempre está sujeita a denúncias vazias em situações do tipo’. “A cidadã que formulou a denúncia deve procurar a Corregedoria da PM, que certamente abrirá procedimento para investigar a informação, caso haja procedência. Afinal, trata-se de uma cidadã que, como qualquer outra, tem seus direitos, devendo buscá-los se vier a se sentir prejudicada”, avaliou.


Já a assessoria de comunicação da Prefeitura de Marechal Deodoro assegurou que o Bloco dos Garçons tinha conhecimento do TAC, sobretudo no tocante ao horário para encerramento da festa. “Foram setenta e quatro blocos em cinco dias de folia e todos eles seguiram as regras do TAC, com a exceção deste bloco”, afirmou o assessor Carlos Robert, acrescentando que, no Cais da Lancha, outro ponto de concentração de foliões no carnaval da cidade, o som teve de ser desligado à meia-noite. 


“Ou seja, a Prefeitura também teve de se adequar”, reforçou Robert, revelando que o trio-elétrico do bloco deixara o ponto de apoio somente às 21h, quatro horas depois do previsto.


Prejuízo


Contudo, o presidente do Bloco dos Garçons, Ivan Higino de Andrade, o ‘Marajá’, disse ter solicitado à Prefeitura autorização para circular pelas ruas do Francês até a meia-noite. 


“Protocolei o pedido junto a todos os órgãos envolvidos, como Secretaria de Meio Ambiente e Guarda Municipal. Não nos avisaram sobre o horário, que só vale para nós, já que não é cumprido quando se trata de um grande evento. Enquanto isso, perdemos o trabalho de um ano inteiro, além do investimento para contratação de banda de axé e trio elétrico”, desabafou Marajá.


O responsável pelo Bloco dos Garçons garante ainda que a festa teve início às 17 horas, com uma orquestra de frevo. “Não desrespeitaram apenas os garçons, já que conseguimos reunir, inclusive, prefeitos de outras cidades, dada a grande proporção que o evento alcançou. E a violência só cresce em Marechal”.


GAZETAWEB.COM

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