Militares tiveram de encerrar festa de garçons na Praia do Francês, nessa Quarta-feira de Cinzas; Bope comenta suposto abuso contra foliões.
foto janaina ribeiro
Bruno Soriano.
A Gazetaweb trouxe, ainda na noite dessa quarta (22), a informação de que os foliões tiveram de voltar para casa mais cedo, depois de um grupo de policiais do Bope intercederem junto à organização do evento que reuniu cerca de oito mil pessoas. Algumas delas, revoltadas com a ação da polícia, atiraram pedras e latas de cerveja em direção aos militares, que revidaram efetuando a prisão de jovens suspeitos. Contudo, uma comerciante, que trabalhava à porta de seu estabelecimento, relatou ter sido agredida em meio à confusão.
O major PM Túlio Roberto, comandante do Bope, conversou, na manhã desta quinta (23), com aGazetaweb, colocando-se à disposição de Karinne Nascimento, que ligou para a redação do portal de notícias para denunciar a suposta truculência durante a ação policial. O oficial garantiu que a Polícia Militar agiu ‘tão somente para assegurar o cumprimento do TAC’.
“O major Silvestre, coordenador da operação, dirigiu-se à organização do bloco com o documento em mãos. Acredito que houve falta de comunicação entre Prefeitura e o responsável pelo evento, que precisava respeitar o horário previamente estabelecido”, comentou major Túlio. “Tentaram transferir a culpa para a polícia”, emendou.
Ainda de acordo com o comandante do batalhão, a polícia ‘sempre está sujeita a denúncias vazias em situações do tipo’. “A cidadã que formulou a denúncia deve procurar a Corregedoria da PM, que certamente abrirá procedimento para investigar a informação, caso haja procedência. Afinal, trata-se de uma cidadã que, como qualquer outra, tem seus direitos, devendo buscá-los se vier a se sentir prejudicada”, avaliou.
Já a assessoria de comunicação da Prefeitura de Marechal Deodoro assegurou que o Bloco dos Garçons tinha conhecimento do TAC, sobretudo no tocante ao horário para encerramento da festa. “Foram setenta e quatro blocos em cinco dias de folia e todos eles seguiram as regras do TAC, com a exceção deste bloco”, afirmou o assessor Carlos Robert, acrescentando que, no Cais da Lancha, outro ponto de concentração de foliões no carnaval da cidade, o som teve de ser desligado à meia-noite.
“Ou seja, a Prefeitura também teve de se adequar”, reforçou Robert, revelando que o trio-elétrico do bloco deixara o ponto de apoio somente às 21h, quatro horas depois do previsto.
Prejuízo
Contudo, o presidente do Bloco dos Garçons, Ivan Higino de Andrade, o ‘Marajá’, disse ter solicitado à Prefeitura autorização para circular pelas ruas do Francês até a meia-noite.
“Protocolei o pedido junto a todos os órgãos envolvidos, como Secretaria de Meio Ambiente e Guarda Municipal. Não nos avisaram sobre o horário, que só vale para nós, já que não é cumprido quando se trata de um grande evento. Enquanto isso, perdemos o trabalho de um ano inteiro, além do investimento para contratação de banda de axé e trio elétrico”, desabafou Marajá.
O responsável pelo Bloco dos Garçons garante ainda que a festa teve início às 17 horas, com uma orquestra de frevo. “Não desrespeitaram apenas os garçons, já que conseguimos reunir, inclusive, prefeitos de outras cidades, dada a grande proporção que o evento alcançou. E a violência só cresce em Marechal”.
GAZETAWEB.COM
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