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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

‘Não temos um elenco, temos um time’, desabafa técnico azulino

Após eliminação da Copa do Nordeste, Canindé afirma que CSA deixa competição ‘de cabeça erguida’. ‘Se tivéssemos banco, teríamos goleado’
Bruno Soriano
O técnico azulino Oliveira Canindé fez um desabafo à imprensa, na noite dessa terça-feira (25), após a vitória do CSA sobre o Sport-PE, no Estádio Rei Pelé, em Maceió. Apesar do resultado, o Azulão acabou se despedindo da Copa do Nordeste porque fez ‘apenas’ 1x0, quando precisava de mais dois gols para avançar às semifinais da competição. Na coletiva, Canindé disse que o CSA ainda não tem um elenco e que, se dispusesse de um banco de reservas qualificado, o time do Mutange poderia ter deixado o Trapichão com uma vitória por goleada.

“O árbitro [o baiano Jailson Macedo Freitas] também não marcou um pênalti a nosso favor. Mas a equipe deixa a competição de cabeça erguida porque lutou contra time de primeira divisão. Tanto que o melhor homem em campo foi o goleiro do Sport, o Magrão”, comentou o treinador, que teve de se explicar sobre as alterações processadas no segundo tempo – o torcedor criticou a troca de Diego Clementino, que rendeu o esperado, pelo também atacante Uéderson.

“Trocamos o Lucas [volante] porque precisávamos forçar o jogo pelas laterais. Já o Clementino sempre joga até onde aguenta. Só cansamos no final. Não havia como manter o ritmo durante os 90 minutos da partida. E outras grandes equipes também serão eliminadas. O Bahia, por exemplo, já foi embora”, recordou Oliveira Canindé, que se reportou ao fato de o time rubro-negro, segundo o treinador, ter vindo mais descansado.

“E eles têm banco. Se tivéssemos, sairíamos daqui com uma goleada. Não temos um elenco, temos um time, mesclado com meninos das categorias de base. É querer demais. E o clube está vindo de uma maratona muito desgastante de jogos. Por isso, o grupo está de parabéns. É claro que eu queria chegar. Porém, o grupo mostrou que, embora pequeno, tem muita vontade de chegar”, emendou o treinador, confirmando que as atenções agora se voltam para o Alagoano. “Vamos focar, agora, nesta competição, que é a que nos dará calendário”.

Já sobre reforços – o CSA deve anunciar dois jogadores já nesta quarta-feira (26) –, o treinador azulino afirmou que ‘tudo foi conversado’. “Sei quem são os jogadores e, se todos vierem, certamente teremos um grupo mais qualificado”, analisou Canindé, que ainda afirmou considerar a dificuldade para se marcar um amistoso até o retorno do Estadual, somente após o período carnavalesco.

“Também não podemos abusar. Afinal, depois do CSE, pelo Estadual, ainda teremos o São Paulo pela Copa do Brasil”, concluiu o treinador, tendo sido complementado pelo atacante Josimar.

“Não podemos dizer que perdemos. Buscamos do início ao fim. Vencemos, mas faltou mais um golzinho. Todos deixaram o máximo dentro de campo. Tenho certeza de que a torcida ainda vai se orgulhar deste time de guerreiros. Pecamos por um erro bobo fora de casa, onde perdemos. É preciso ter paciência. Vamos agora focar no Alagoano para voltarmos a fazer exibições como a de hoje”, disse o jogador.

Dificuldade para contratar

Ainda à reportagem da Rádio Gazeta, o gerente de futebol do CSA, Marquinhos Mossoró, falou sobre a dificuldade para contratações, garantindo, porém, que o clube vai seguir se reforçando para as disputas que ainda têm pela frente, trazendo ao menos cinco atletas.

“Não é fácil contratar para o CSA sem um calendário para o segundo semestre. Muitos preferem um salário menor, defendendo clube que já esteja garantido numa Série C. Não podemos que condenem um trabalho sério que realizamos. Estamos trabalhando para honrar a camisa do CSA. É todo um processo. Quando cheguei, as pessoas me perguntavam se o CSA pagava salários em dia. A torcida precisa nos apoiar neste momento difícil, pois, quando conquistarmos um título, vamos comemorar todos juntos”.

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