Com medo, Manoel Cavalcante pede escolta da
polícia!
Em audiência admonitória na 16ª Vara Criminal da Capital na manhã desta terça-feira (30) com o juiz José Braga Neto, da Vara de Execuções Penais, o ex-oficial da Polícia Militar, Manoel Cavalcante, que será solto hoje após cumprir treze anos em regime fechado por vários crimes, entre eles, o do assassinato do fiscal de tributos Sílvio Vianna, demonstrou medo diante de sua soltura. O ex-coronel pediu escolta policial do presídio Baldomero Cavalcante até a sua casa.
O juiz autorizou que a polícia acompanhasse o réu, mas ressaltou que não cabe à justiça a extensão dessa segurança, já que Cavalcante ainda responde por mais dois crimes – os assassinatos de Ebson Vasconcelos, o Êto, que está em grau de recurso no Tribunal de Justiça e do cabo Gonçalves, no qual é réu confesso.
Braga Neto disse que cabe ao Conselho Estadual de Segurança se o ex-coronel tem direito a tratamento diferenciado. O juiz criticou a ida do réu para o regime semiaberto, que, no caso, de Alagoas, significa regime aberto porque não há essa modalidade de cumprimento de pena. “No caso do Cavalcante, ele teria que trabalhar durante o dia e dormir sob custódia, mas o próprio Supremo Tribunal Federal entende que não é o condenado que tem pagar por essa falha estrutural do Estado”, disse.
Manoel Cavalcante voltou para o presídio após a audiência e vai para casa ainda hoje. Ele não poderá sair à noite, frequentar bares, mudar de endereço, viajar e terá que assinar um livro de presença na Vara de Execuções Penais todo dia 30.
Segundo o promotor da Vara de Execuções Penais, Cyro Blatter, o réu pode retornar à prisão em breve pelos dois processos a que responde. O julgamento deve acontecer ainda este ano.
O advogado de Cavalcante, Douglas Bastos, disse temer pela segurança do ex-coronel e afirmou que, se necessário, pedirá para ele cumprir o semiaberto em outro Estado.
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